Exposição "Mal Me Quer, Bem Me Quer, Muito, Pouco ou Nada"



Exposição "Mal me Quer, Bem me Quer, Muito, Pouco ou Nada"
Data: 13 Ago - 24 Set
Local: Fórum de Arte e Cultura de Espinho - FACE
Preço: Acesso Livre

Inauguração da Exposição a 13 de agosto pelas 16H00

Sinopse:
Mal me quer, bem me quer, muito, pouco ou nada ergue-se através da utilização de objetos de uso comum que apropriados se apresentam dominantes na sua intenção. Estanques na sua forma e de forma intencionalmente demorada, foram adquirindo uma nova interpretação, ganhando outras formas, outras expressões nos seus propósitos. Mal me quer, bem me quer, muito, pouco ou nada é um projeto intimista que, promovendo o espaço de reflexão, vai questionando o lugar da condição humana, na vida atual, revelando através das suas peças o conhecimento da emoção, ou a falta dele.
 
Considerando uma das mais incompreensíveis problemáticas contemporâneas, a violência doméstica, e utilizando a arte através da instalação, Mal me quer, bem me quer, muito, pouco ou nada unifica e relaciona outros temas como o desamor, as expectativas, o romance, a violência, a morte e a forma como se concebe o quotidiano das vítimas, evitando no entanto a linguagem visual utilizada habitualmente, a qual reflete tantas vezes uma imagem que tende a quantificar e que nos catapulta para um labirinto de números fazendo esquecer o essencial, os seus rostos.
 
A partir do uso da instalação, Mal me quer, questiona, numa atitude particularmente crítica, a imagem que cada um de nós edifica anulando os sentidos que nos conduzem à distância que segura o nosso bem estar no mal dos outros.
 
Mal me quer, bem me quer, muito, pouco ou nada simboliza a crença inocente de podermos ser amados com o cair de cada pétala.


No âmbito desta exposição, realizou-se na sexta-feira, dia 23 de setembro, uma palestra sobre "Violência Doméstica” no Museu Municipal de Espinho. 
Um momento artístico de dança, protagonizado por dois bailarinos da Academia de Dança de Espinho, iniciou o programa, que transmitiu pela dança o que as vítimas de violência sofrem.
A mediar o debate esteve Leonor Lêdo da Fonseca, Vereadora de Ação Social da Câmara Municipal de Espinho, acompanhada das oradoras Maria João Damas, artista e técnica de ação social, e Anabela Monteiro, do Gabinete de Apoio à Vítima de Espinho. Do debate saíram várias reflexões, entre as quais o facto de a arte, nas suas diversas formas, poder contribuir para alertar e prevenir atos de violência. Falou-se também no estigma cultural, na vergonha, no medo, e na inação por parte de quem vê a violência a ser praticada ao seu lado. Salientou-se ainda o importante trabalho realizado pelas instituições de apoio às vítimas, e lamentou-se a sua parca divulgação.